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Mais de 7 bilhões de cápsulas de café, feitas de alumínio, são jogadas fora todos os anos.
Tomar um cápsula de café em dose únicapode não ter aquela cremosidade do expresso clássico, ou o toque boêmio das velhas cafeteiras italianas. Mas é confortável, rápido e a grande variedade de sabores e tostas faz com que a maioria dos apreciadores mude de paladar todos os dias.
Essas pequenas cápsulas, no entanto, têm um problema:seus materiais não são biodegradáveis. Cada cápsula de seis gramas de café requer mais três gramas de embalagem, que é principalmente de alumínio e plástico que não é reciclado ou é jogado no recipiente errado. E isso sem contar o papelão ou o plástico do recipiente que os protege.
O segundo produto mais consumido do mundo
O café é o segundo produto mais consumido no mundo, atrás do petróleo. De acordo com o banco cooperativo Rabobank, a venda de cápsulas cresceu 26% na última década, e superou oito vezes os demais métodos de preparo desse produto. Um estudo da Kantar Worldpanel estima que, em mais alguns anos, o café em uma única porção superará o café moído e o solúvel. E para onde vão a maioria dessas cápsulas? Ao lixo.
Um dos produtores de embalagens biodegradáveis, Halo, estima que a cada minuto 13.500 cápsulas de alumínio e plástico são jogadas na lixeira, ou seja, em um ano, são mais de 7 bilhões de cápsulas que levarão pelo menos um século para serem recicladas naturalmente. Os amantes das estatísticas dizem que, se colocados lado a lado, esses pequenos pacotes podem dar a volta ao mundo 14 vezes.
O impacto ecológico é tão grande que até John Sylvan, o criador dos pods K-cup - o modelo mais popular nos Estados Unidos - lamenta sua invenção. "Eu não uso mais, eles são muito caros", disse ele, e em um tom apocalíptico, ele disse à revista The Atlantic "não importa o que os fabricantes digam, as cápsulas não podem ser recicladas."
Consequências colaterais
Já são mais de 1,5 milhão de pessoas que bebem dois ou três cafés unidose todos os dias, o que também tem gerado despesas mais elevadas por uma questão de conforto: desde a compra de embalagens de meio quilo a cinco ou seis euros (11 ou 12 euros por quilo), passou a cápsulas que aumentam o preço do quilo para 50 euros.
Reciclagem errada
Um problema com esse tipo de produto é que os consumidores o reciclam incorretamente. Os regulamentos não o consideram como um recipiente, e não deve ser jogado no recipiente amarelo. Se alguém tentar esvaziar o café e jogar fora a cápsula de alumínio, sempre haverá restos orgânicos.
A Nespresso, empresa líder mundial em vendas de dose única, tem mais de 900 pontos onde os clientes podem trazer cápsulas usadas. Eles têm 14 mil centros ao redor do mundo, e porta-vozes da empresa afirmam que até 2020 esperam ter capacidade para reciclar 100% de sua produção.
Mas nem todo mundo tem tempo ou consciência para se aproximar do ponto de reciclagem: estima-se que apenas um em cada cinco se preocupa com a coleta e entrega.
A alternativa das cápsulas orgânicas
Uma solução para o problema ecológico pode vir das mãos de cápsulas biodegradáveis. Uma das empresas que os lançou no mercado é a Cafés Novell, cujos vagens são compatíveis com as máquinas Nespresso. A empresa catalã quer aproveitar a corrente de consciência ecológica de muitos consumidores e pretende vender 500 mil unidades por ano, de cápsulas que podem se desintegrar em um a três meses.
Materiais
O segredo está no plástico biodegradável com que os frutos são feitos. É o Ecovio, um material criado pela Basf produzido a partir de um poliéster denominado Ecoflex
O segredo está no plástico biodegradável com que os frutos são feitos. É o Ecovio, um material criado pela Basf produzido a partir de um poliéster denominado Ecoflex (também desenvolvido pela multinacional alemã) e do biopolímero PLA, feito com amido de milho.
Um papel reciclável cobre a parte externa da cápsula, e por dentro está esse tipo de plástico biodegradável. Além disso, a estrutura é unificada com um adesivo compostável denominado Epotal Eco, outra criação da Basf. Desta forma, como com outras cápsulas, a umidade, o oxigênio ou a luz são impedidos de danificar o produto.
Mais marcas no mercado
Outra marca que apresenta as suas cápsulas biodegradáveis é a Café Ético, subsidiária da Ethical Coffee Company, fundada pelo ex-CEO da Nespresso Jean-Paul Galliard, em 2008. Precisamente, as coisas com a sua antiga empresa não acabaram bem e a empresa Nestlé pela qual ele os processou a patente de suas famosas cápsulas, uma alegação que a gigante dos alimentos perdeu e deu asas a essa nova empresa para apresentar cápsulas ecológicas e vender café de produtores incluídos no comércio justo.
Essas cápsulas são fabricadas "a partir de fibras vegetais de origem 100% biológica", informa a empresa, e garante que em seis meses se degrada graças a um sistema de compostagem industrial. Ao jogar fora, tem que jogar na lata de lixo orgânico.
Iniciativas
Existem empresas que fabricam cápsulas "à base de fibras vegetais de origem 100% biológica", garantindo que em seis meses se degradem graças a um sistema de compostagem industrial
Cabú Cofee é outra empresa que pretende conquistar o mercado com suas cápsulas biodegradáveis, que podem ser descartadas em embalagens orgânicas, e seus modelos são compatíveis com as máquinas Nespresso e Dolce Gusto.
O avanço ecológico contra as cápsulas tradicionais ocorre em paralelo com a expansão desse sistema. Em Hamburgo, o governo municipal proibiu a compra de máquinas e cápsulas em todos os escritórios da administração pública - entre outras medidas de consumo sustentável. Talvez com a chegada das novas cápsulas os funcionários desta cidade do norte da Alemanha possam tomar um café em dose única durante o intervalo do trabalho.
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