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Por José Carlos Díaz Zanelli
Embora a princípio pareça uma notícia local, o problema tem características globais. Há poucos dias, o Greenpeace denunciou a morte em massa de abelhas como resultado de uma campanha de fumigação de árvores em três regiões espanholas.
Entre as regiões de Murcia, Valência e Andaluzia, estima-se a morte de mais de 225 mil abelhas e a destruição de mais de 50 colmeias. Os dados não diminuem se se tiver em conta que se trata de um animal cuja existência está em vias de extinção na Península Ibérica.
A situação desses animais se tornou tão dramática que nos últimos anos a União Europeia (UE) realizou um estudo para determinar a mortalidade de abelhas em 17 países do continente.
O resultado é que no inverno os índices de mortalidade chegam a 33%, recorde que dizima a população e atinge os apicultores.
Na verdade, a última análise do Laboratório de Referência da UE para a Saúde detectou o desaparecimento de mais de 30 mil colmeias entre 2012 e 2013, o que representa um número incalculável de milhões de abelhas desaparecidas.
Questão global
Em 2010, a UE já havia emitido um comunicado alertando para o perigo do desaparecimento das abelhas e dando uma série de recomendações que, até agora, não foram cumpridas.
As investigações também foram realizadas nos Estados Unidos, embora a mais recente da Agência de Proteção Ambiental (EPA) tenha determinado que o desaparecimento das colmeias se deve principalmente à presença de um vírus.
Isso sem dúvida minimiza a morte de abelhas provocada pelo homem. Os principais fatores continuam sendo o uso de pesticidas em lavouras e a modificação genética na agricultura.
As consequências mais graves desta chamada "síndrome do despovoamento da colmeia" é que as abelhas desempenham um papel importante na estabilidade dos campos de cultivo graças ao seu papel polinizador.
Isso se somou a uma evidente queda na geração de mel, produto de alto consumo mundial.
No vídeo a seguir, apreciaremos as causas do desaparecimento das abelhas em todo o mundo:
Servindi
